A expressão “precatório parcelado” causa dúvida em muitos credores — e com razão. Esse termo se refere à possibilidade do ente público devedor (União, Estado ou Município) dividir o valor total do precatório em parcelas, principalmente quando se trata de dívidas de grande valor ou quando há limitação orçamentária para o pagamento à vista.
Essa prática é amparada por dispositivos legais e decisões judiciais, e geralmente ocorre em contextos de desequilíbrio fiscal. Para o credor, o parcelamento significa esperar ainda mais tempo para receber o valor integral do precatório, o que impacta diretamente no planejamento financeiro e pode reduzir o poder de compra do valor ao longo dos anos, especialmente em cenários de inflação alta.
Outro ponto importante é que o parcelamento afeta o valor de mercado do precatório em caso de venda. Como o pagamento será diluído em diversos anos, o risco e o tempo de espera aumentam — e isso acaba gerando um deságio maior na negociação com empresas ou investidores interessados.
Por isso, quando o precatório é parcelado, muitos credores optam por vendê-lo, mesmo com deságio, para evitar a longa espera e transformar o crédito em capital imediato. No entanto, é essencial realizar uma avaliação criteriosa, com apoio jurídico, para garantir que a venda seja segura e vantajosa.
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